Guia do Acervo

Apresenta o resumo de alguns conjuntos documentais para divulgação do acervo. Inclui link de acesso aos instrumentos de pesquisa e documentos digitalizados.

Consulte as ferramentas de pesquisa online para mais informações sobre os fundos.

Plano Nacional de Reforma Agrária

O I Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA) da Nova República, aprovado pelo então presidente José Sarney, através do decreto 90.766, de 10 de outubro de 1985, buscou mecanismos políticos, econômicos e financeiros para a viabilização da implantação da reforma agrária no Brasil. Vários segmentos da sociedade civil enviaram sugestões ao Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário (MIRAD) a partir de março de 1985, os quais foram analisados e serviram de subsídio para a equipe técnica elaborar o 1º Plano Nacional de Reforma Agrária. A coleção reúne essas sugestões enviadas na forma de cartas, telegramas, telex e textos diversos contendo moções de apoio, protestos, reivindicações de assentamento, denúncias de conflito, pedidos de doação de terra, solicitações de prioridade para desapropriação e propostas alternativas para a reforma agrária. Totalizam 765 documentos, conforme relacionados pela equipe técnica da Coordenadoria de Estudos e Pesquisas, da Secretaria de Políticas e Articulação Institucional do MIRAD. Data(s): 1985 - ano predominante. Dimensão e suporte: 35 volumes de documentação textual ainda não avaliada.

Descrição detalhada: ReDiSAP

Quilombhoje Literatura

Fundado em 1980 por Cuti (Luiz Silva), Oswaldo de Camargo, Paulo Colina, Abelardo Rodrigues e outros, o grupo Quilombhoje nasceu com o objetivo de discutir e aprofundar a experiência afro-brasileira na literatura. As primeiras reuniões do grupo eram informais e ocorriam no extinto bar Mutamba, reduto de boêmios e intelectuais no centro da cidade de São Paulo. Em 1982, com a entrada de Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa, Miriam Alves e Oubi Inaê Kibuko,  o grupo assumiu a organização dos “Cadernos Negros”, cuja edição, na época, era de responsabilidade de Cuti com apoio de Jamu Minka. Fundado em 1978 pelos escritores Cuti, Oswaldo de Camargo, Hugo Ferreira e Mário Jorge Lescano, os “Cadernos Negros” publicaram ou revelaram, intelectuais como Abdias do Nascimento, José Benedito Correia Leite, Lélia González, Conceição Evaristo, Míriam Alves, entre muitos outros. Com o tempo, o grupo ficou mais conhecido pela organização da série. Desde 1999, o grupo é organizado por Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa, que contam com o apoio de alguns colaboradores. O conjunto é constituído por periódicos, correspondência, cartazes, banners, manuscritos, atas, documentação administrativa, fotografias e materiais audiovisuais que ajudam a contar a história de 44 anos de existência de uma publicação importante de intelectuais negros e negras, da história da literatura negra brasileira, de suas articulações nacionais e internacionais, compondo um diálogo com diferentes movimentos negros no Brasil e no exterior. Data(s): 1978-2022. Dimensão e suporte: 22 caixas-arquivo de documentação textual, iconográfica e audiovisual (aproximadamente 4.160 documentos). 

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP

Regina Müller

Regina Aparecida Polo Müller (1950- ) é uma antropóloga, pesquisadora e professora aposentada do Departamento de Artes Corporais do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Nascida na cidade de Americana, São Paulo, em 1950, graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) em 1971, é mestra em Antropologia Social pela Unicamp, doutora em Ciências Humanas (Antropologia) pela USP, pós-doutora no departamento de Performance Studies pela New York University (NYU) e livre-docente em Antropologia da Dança pela Unicamp. Sua carreira acadêmica foi desenvolvida na área de Antropologia, com ênfase em Teoria Antropológica, Antropologia da Performance e Etnologia Indígena, atuando principalmente nos temas: artes indígenas, Asurini do Xingu, ritual, performance e dança. Foi Mestre Antropóloga da Funai de 1978 a 1982. O conjunto é constituído por documentos textuais, iconográficos e audiovisuais reunidos no desenvolver dos projetos de pesquisa de Regina Müller. O acervo visual e peças da ornamentação corporal Xavante foram reunidos durante pesquisa de campo de 1972 a 1976, para elaboração de sua dissertação de mestrado “A pintura do corpo e os ornamentos Xavante”. O acervo audiovisual e a coleção etnográfica da cultura material dos Asuriní do Xingu, Terra Indigena Koatinemo, no estado do Pará, foram coletados durante pesquisa de campo para elaboração de tese de doutorado da titular, durante ação indigenista (Projeto de Recuperação dos Asuriní do Koatinemo - Funai, 1978-1979) e durante pesquisa como docente do departamento de Artes Corporais do Instituto de Artes da Unicamp entre 1992 e 2013. Data(s): 1972-2013. Dimensão e suporte: 18 caixas-arquivo de documentação textual, 1 caixa-arquivo de fotografias, 8 caixas-arquivo de materiais audiovisuais, 1 pasta em grande formato com jornais e cartazes, 1 caixa em grande formato de Fitas BetaCam e materiais tridimensionais. 

Descrição detalhada: ReDiSAP

Relação do Rio de Janeiro

Criada em 13 de outubro de 1751, a Relação do Rio de Janeiro foi o segundo tribunal de apelação do Brasil. Sua organização foi resultado do aumento da demanda judicial, da distância da Relação da Bahia para atender às causas e requerimentos "dos povos da parte sul do estado do Brasil" e da morosidade e ineficiência na administração da justiça na colônia. Também reflete a transferência do centro do poder econômico para a região sul-sudeste da colônia, devido ao fluxo de ouro, diamantes e a necessidade da criação de um porto para a região, ficando a Relação da Bahia responsável pela região norte-nordeste. A Relação era administrada pelo governador da capitania do Rio de Janeiro e composta pelo chanceler e desembargadores. A partir de 1763, sob a administração do Marquês de Pombal, a capital da colônia foi transferida para o Rio de Janeiro, tornando a Relação do Rio de Janeiro no órgão responsável por julgar os processos de primeira e segunda instâncias da região sul-sudeste, e o Desembargo do Paço em órgão de última instância, julgando os processos de toda a colônia. Após um breve período (1808-1828) atuando como tribunal superior de justiça, em 1828 a Relação do Rio de Janeiro volta a ser órgão de primeira e segunda instâncias, permanecendo assim até 1890, quando é criada a Corte de Apelação. O conjunto é composto por processos jurídicos relacionados a pessoas escravizadas dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Goiás e Mato Grosso. Data(s): 1812-1878. Dimensão e suporte: 504 processos reproduzidos em 119 rolos de microfilmes.

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP

Roberto Cardoso de Oliveira

Roberto Cardoso de Oliveira (1928-2006) foi um antropólogo brasileiro que teve importante atuação no fortalecimento da antropologia como disciplina no Brasil, e também na área de etnologia e defesa das populações indígenas. Apesar de ter se graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo em 1953, foi na antropologia que sua carreira se consolidou. Em 1954, começou a trabalhar no Museu do Índio, onde iniciou seus estudos junto ao povo Terena. Já em 1958, trabalhando no Museu Nacional, ajudou a formar o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social naquela instituição, e continuou suas pesquisas junto às populações Terena e Ticuna. Doutorou-se em Sociologia pela USP em 1966, sob a orientação de Florestan Fernandes, e realizou estágio pós-doutoral (1971-1972) no então Departamento de Relações Sociais da Universidade de Harvard, Estados Unidos. Participou ativamente na implementação de políticas voltadas para o desenvolvimento da antropologia no Brasil, e sua trajetória no ensino da disciplina foi marcada por procedimentos que lançaram as bases do caminho a ser trilhado pelos novos antropólogos. Foi também professor e pesquisador da Unicamp e da Universidade de Brasília. O conjunto reúne documentação resultante de suas atividades profissionais e acadêmicas como professor, pesquisador e outras funções que desempenhou ao longo da carreira. Reúne correspondência, documentos administrativos, além de trabalhos acadêmicos e produção intelectual do titular. O tema da história da antropologia aparece em recortes de jornais, separatas, boletins, teses, dissertações, entre outros. Data(s): 1941-1994. Dimensão e suporte: 10,55 metros lineares de documentação textual, 87 pacotes com documentação não avaliada, 59 títulos de periódicos, 445 fotografias, 830 negativos fotográficos, 1 gravura, 30 fotogramas e 13 filmes.

Descrição detalhada: ReDiSAP

Roberto Mange

Roberto Mange (1885-1955) nasceu na Suíça e formou-se em engenharia. Em 1913, veio para o Brasil e assumiu a cátedra de Engenharia Mecânica aplicada às máquinas. Tornou-se superintendente do recém criado Curso de Mecânica Prática. Defensor do ensino profissional, fundou o Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT) em 1934. Participou de inúmeras comissões e colaborou com diversas escolas e instituições, tais como a Escola Técnica Nacional, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e com o Ministério da Educação e Saúde. Junto com Roberto Simonsen e Euvaldo Lodi, fundou e dirigiu o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Foi condecorado por seus serviços prestados à prevenção de acidentes de trabalho. O conjunto reúne a documentação pessoal de Roberto Mange, sua correspondência e rico material técnico didático utilizado durante sua formação e também para ministrar aulas. Encontram-se cadernos técnicos manuscritos, planejamento e relatórios de cargos que ocupou, como o de Diretor do Departamento Regional do SENAI, e comissões das quais participou, tais como Comissão Estadual de Gasogênio, Comissão de Óleo Combustível da FIESP, entre outras. Fotografias, medalhas e condecorações também compõem o fundo. Data(s): 1915 - 1952 (período predominante). Dimensão e suporte: 0,89 metro linear de documentação textual, 42 fotografias, 02 negativos fotográficos, 16 condecorações, 02 rolos de microfilme.

                                                                                                                                  Descrição detalhada: ReDiSAP

Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda

O Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda surgiu em 1942 como Associação Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Barra Mansa, município do Rio de Janeiro. Em 19 de maio de 1945, formalizou-se como Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Barra Mansa, transferindo-se para o então distrito de Volta Redonda, em 1947. Em novembro de 1988, liderou a greve dos trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), episódio que ficou internacionalmente conhecido pela violenta repressão praticada pelo Exército e Polícia Militar, e que acabou resultando na morte de três operários. A CSN, maior indústria siderúrgica do Brasil e da América Latina, foi privatizada em 1993 e o Sindicato teve importante participação na história do sindicalismo no país. Sua atual denominação é Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, atendendo trabalhadores dos municípios de Volta Redonda, Barra Mansa, Resende, Itatiaia, Quatis, Porto Real e Pinheiral. O conjunto é composto por documentos administrativos do Sindicato; material de campanhas salariais, assembleias, eleições e acordos; atas de reuniões; processos trabalhistas (1958-1986); materiais de seminários, congressos e cursos; além de dossiê relativo ao presidente Juarez Antunes e farta documentação fotográfica das greves de 1987 e 1988. Data(s): 1942-1993 (predominante 1964-1989). Dimensão e suporte: 134 cartazes, 1 disco, 1.636 fotografias, 19 negativos fotográficos de segunda geração, 12 postais, 8 metros lineares de documentação textual, 778 livros, 12 rolos de microfilmes, 2.405 artigos de jornais e 2 objetos tridimensionais (bandeira e flâmula).

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP

Slides de Pesquisa Etnológica

A coleção Slides de Pesquisa Etnológica é resultado da pesquisa de campo realizada pela docente Vanessa Rosemary Lea, por ocasião de sua atuação junto ao Departamento de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH/Unicamp), entre 1983 e 2014.  Abrange o estudo de populações indígenas do Xingu, no estado de Mato Grosso, além de outros no estado do Espírito Santo e região Nordeste, entre os anos de 1978 e 1987. Vanessa Lea concluiu sua graduação em Ciências Políticas e Sociologia pela Universidade de Essex, em 1974; mestrado em Sociologia e Antropologia pela Universidade de Oxford, em 1976; doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1986; e pós-doutorado na Universidade de Cambridge, em 2000. A coleção possui imagens registradas por Vanessa Lea durante as viagens realizadas para sua pesquisa etnológica junto aos indígenas Mebengorke (Kayapó), do Parque do Xingu, e imediações (incluindo o vilarejo de São José do Xingu), no Mato Grosso, entre 1978 e 1987. Uma pequena parte suplementar da coleção de slides, referente a 1980, enfoca algumas populações indígenas do Nordeste e do Espírito Santo. Inclui também algumas imagens da primeira manifestação antinuclear realizada na cidade de Resende, Rio de Janeiro. Data(s): 1978-1987. Dimensão e suporte: 776 diapositivos, poliéster, 35 mm, coloridos.

Descrição detalhada: ReDiSAP

Sociedade Beneficente 13 de Maio

A Sociedade Beneficente Antônio Bento foi fundada em Piracicaba no ano de 1901. O objetivo inicial era recolher fundos para a comemoração anual do 13 de Maio. Em 1908, com a reformulação dos estatutos, passou a chamar-se Sociedade Beneficente 13 de Maio e a ter como metas a ajuda mútua, estímulo à instrução e educação e auxílio jurídico. Havia também a preocupação em garantir aos negros um espaço de convivência com ações culturais, esportivas e de lazer. Foi desativada em 1914 e refundada em 1921, juntamente com a criação do jornal “O Patrocínio”. Só conseguiu uma sede própria em 1948, localizada na Rua 13 de Maio. No mesmo ano, um novo estatuto criou o Curso Musical Luiz Gama e o Curso de Alfabetização de Adultos. A promoção de festas em comemoração à abolição da escravidão permaneceu como atividade importante da Sociedade, bem como a realização de eventos públicos que ocorreram entre as décadas de 1940 a 1980. Atualmente, a Sociedade continua em funcionamento, apesar do número reduzido de sócios. O conjunto documental reúne documentos textuais, iconográficos e audiovisuais referentes ao funcionamento e principais atividades da Sociedade, tais como registros de eventos, recibos de sócios, comunicação interna, contratos, procedimentos jurídicos, atas de reuniões, lista de presença, projetos estruturais da sede, carteiras de associados, fichas de inscrição, reportagens, entre outros. Data(s): 1931-2013 (com lacunas). Dimensão e suporte:1.998 documentos: 1.252 textuais, 709 iconográficos e 37 audiovisuais.

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP

Sociedade Beneficente Recreativa Princesa Isabel

Fundada em 9 de julho de 1952 a partir da reunião, na sede do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) de Batatais, de um grupo de homens e mulheres negros e negras para a fundação de uma associação recreativa e beneficente destinada aos “homens de cor”. Apesar da destinação a um público específico, a Sociedade aceitava a presença de todos que tivessem interesse em suas atividades, tendo surgido como resposta aos clubes contemporâneos que não aceitavam negros em suas sedes. Em 14 de setembro de 1958, foi fundada a Biblioteca José do Patrocínio da Sociedade Recreativa Beneficente Princesa Isabel, o que demonstra a preocupação da Sociedade com a instrução de seus sócios. A Sociedade também se relacionava com outras associações da cidade, como é possível perceber na expressiva documentação a respeito do “I Jogos Interclubes de Batatais”, que visava promover a integração e a recreação entre diferentes grupos. A Sociedade continua em atividade até o presente e, além das atividades recreativas como festas e bailes, conta também com um núcleo de ensino – Núcleo de Aprendizado Princesa Isabel –, com atividades voltadas a jovens e adultos. O acervo reúne documentação referente ao funcionamento e atividades da Sociedade Beneficente Recreativa Princesa Isabel, tais como estatutos, registros de eventos, inscrição de novos associados, atas de reunião, contratos de trabalho, entre outros. Data(s): 1952-2015 (com lacunas). Dimensão e suporte: 2.552 documentos: 2.545 textuais e 7 iconográficos. 

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP